Há muito tempo, ouço falar nesses fenômenos de aparições de objetos que as pessoas
nunca tinham visto em suas casas, assim como o sumiço dos mesmos, aparição de
agulhas no interior de corpos humanos sem a vítima ao menos se lembrar de como
aquilo aconteceu.
Nos
grupos de estudos espíritas, isso são os chamados efeitos físicos, ou
seja, é a ação de um espírito sobre a matéria, com o auxílio de um médium
doador de uma energia bioplasmática, o ectoplasma das células (sendo que até hoje
não consegui entender como se daria o processo de transferência) que se
combinaria com as energias do espírito e ele poderia agir diretamente sobre a
matéria, podendo assim movimentar, bater, fazer flutuar e quebrar qualquer tipo
de material, não importando a sua densidade (massa e extensão).
Eu nunca vi fenômenos desse tipo
acontecerem, mas pessoalmente já presenciei no mínimo coisas estranhas. Estava deitado no sofá, vendo televisão, e de repente,
em menos de um segundo, a porta da estante abre e fecha sozinha.
Há
pouco tempo, estava de posse da Revista Cristã de Espiritismo, que fala sobre o assunto de forma clara. No caso específico é Apport e Endopport. Achei
interessante, e resolvi deixar um trecho da matéria. Espero que gostem.
Antes de tudo, já que vamos utilizar termos
estrangeiros de origem francesa, vamos esclarecer o que significam. Segundo o
dicionário Larousse, a palavra “apport” vem do infinito o verbo “apporter”, que
significa “trazer”, enquanto que “Endopport” significa “trazer para dentro”.
Mas, afinal de contas, o que vem a ser
apport e Endopport? De acordo com estudiosos das manifestações mediúnicas,
especialmente os fenômenos do vampirismo nos quais estão incluídas estas
palavras, Apport e Endopport estão classificados na parapsicologia com o nome
de “psi-kapa”, ou seja, são fenômenos de efeitos físicos dentro do espiritismo.
O apport é o fenômeno de introdução de
objetos em locais ou móveis fechados. Por exemplo: uma flor, uma cadeira, uma
pedra e etc..., são transportadas para uma sala totalmente fechada e sem
nenhuma abertura por onde esses objetos possam passar. William Crookes,
cientista e estudioso da doutrina que, a princípio, não acreditava nessa
possibilidade e desafiou os espíritos a fazer uma coisa muito mais simples:
baixar o prato de uma balança lacrada de laboratório. Porém, ao prosseguir em
suas pesquisas, Crookes viu e constatou a veracidade do fenômeno com objetos
maiores e, muitas vezes, bastantes pesados conforme relata em seu livro fatos
espíritas.
No entanto, nas atuais pesquisas da
parapsicologia, esses fenômenos considerados como fenômenos de ação diretamente
da mente sobre a matéria foram e continuam sendo produzidos. Até mesmo corpos
humanos podem ser transportados de um local para o outro sem que se perceba por
onde passaram.
Mas porque fenômenos como esses acontecem e
com que objetivo? Os espíritos perturbadores se valem desse fenômeno para
assustar ou amedrontar suas vítimas. O prof. Friedrich Zollner, em seu livro física
transcendental, relata suas experiências com esses fenômenos na universidade de
Leipzig, na Alemanha. Pesquisadores da universidade de Kirov, na Rússia,
constataram e explicaram a mecânica destes fenômenos como sendo produzidos por
emissões de corrente energética do corpo bioplasmático (perispírito) do médium.
Assim, apesar das críticas, está perfeitamente confirmada a existência do
apport. Quanto ao fenômeno de Endopport, ele é um pouco mais complexo, pois se
refere à introdução de objetos no corpo humano. Ele ainda
não teve uma explicação científica suficientemente comprovada por experiências
de laboratório. Encarnado com desconfiança no próprio meio espírita, apenas
ultimamente, pela multiplicação de suas ocorrências, é que vem despertando a
atenção dos estudiosos e pesquisadores. Concorre muito para esse desinteresse o
fato do Endopport ser considerado, na medicina psiquiátrica, como um simples
ato de autoflagelação.
O endopport está intimamente ligado aos
casos de vampirismo (obsessão) e os observadores espíritas o consideram um
fenômeno bifronte, pode ser autoflagelação em alguns casos ou efeitos físicos
em outros. E mesmo nos casos de possível autoflagelação, é admissível a
interferência do obsessor em suas manifestações
.
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NOTA: O trecho em itálico foi retirado da Revista Cristão de Espiritismo- Edição Especial - ano 2 - n° 06 - março / abril de 2003.
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